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Ex-assessor que detonou Ciro Nogueira está sob a proteção da PF

José Expedito Rodrigues Almeida, que relatou ter carregado malas de dinheiro para parlamentares do partido, ingressou no Programa de Proteção à Testemunha

Pivô da recente operação da Polícia Federal contra líderes do PP, o ex-assessor José Expedito Rodrigues Almeida ingressou no Programa de Proteção à Testemunha. O pernambucano, que relatou à PF ter carregado bolsas e malas de dinheiro para o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), conhecido como Dudu da Fonte, teme represálias de políticos do partido.

Foto: ReproduçãoJosé Expedito Rodrigues Almeida trabalhou para Dudu da Fonte (à esquerda) e Ciro Nogueira (à direita), que negam qualquer irregularidade (Câmara dos Deputados/Ag. Senado)
José Expedito Rodrigues Almeida trabalhou para Dudu da Fonte (à esquerda) e Ciro Nogueira (à direita), que negam qualquer irregularidade (Câmara dos Deputados/Ag. Senado)

Almeida, no entanto, não prestou serviço apenas aos dois parlamentares alvos da operação da semana passada. Registros da Câmara apontam que ele trabalhou como secretário parlamentar em gabinetes de pelo menos outros três deputados do PP. Um deles foi Fernando Monteiro (PE), que afirmou ter contratado o ex-assessor a pedido de Dudu da Fonte, que, na época, era líder da bancada da legenda na Casa.

Nos gabinetes por onde passou, Almeida era conhecido como “Rodrigo”. Outros assessores, na condição de anonimato, relataram que ele não costumava ficar em Brasília. O ex-assessor é filiado ao PP desde 19 de setembro de 2011, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A filiação foi feita na cidade de Saloá, um dos redutos eleitorais de Dudu da Fonte, em Pernambuco.

O primeiro registro disponível de Almeida na Câmara é de 2009. Ele foi nomeado em abril daquele ano como secretário parlamentar de Ciro Nogueira, que, na época, ainda era deputado. Ficou no cargo até maio de 2010, quando foi exonerado. O registro seguinte mostra o ex-assessor lotado no gabinete do ex-deputado Márcio Junqueira (Pros-RR), que já foi do PP.

Junqueira foi preso na terça-feira da semana passada na operação da PF, sob suspeita de tentativa de obstrução da Justiça — o ex-deputado teria tentado comprar o silêncio de Almeida. Ciro Nogueira e Dudu da Fonte também são suspeitos, conforme as investigações, de pressionar o ex-assessor.

Fonte: Veja

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Encerrada em 31/05/2020 11:41

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