OAB-PI discute regulamentação da advocacia dativa com PGE
OAB-PI discute regulamentação da advocacia dativa com Procurador-Geral do Estado
Na contramão da morosidade de dar vazão a processos que tratam de recursos previdenciários – como os de Benefício de Prestação Continuada (BPC) e de servidores públicos das áreas civil e militar –, o desembargador Eduardo Morais da Rocha, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), conseguiu zerar um passivo de análises de quase 43 mil processos. Tudo isso baseado em uma metodologia de triagem aplicada pelo gabinete do magistrado.
Funciona assim: cada servidor se tornou responsável por um tema de processo, como, por exemplo, aposentadoria rural. Cada ação que chega é recebida por um deles, que a elenca conforme a data de distribuição e faz a minuta. Antes disso, porém, o gabinete parou por dois meses para triar todos os processos em uma planilha digital.
“Tudo passa por gestão. É possível organizar o gabinete sem aumentar o orçamento, contratar servidores ou requerer juiz auxiliar. Com a atual estrutura é possível realizar uma prestação jurisdicional adequada”, afirma o magistrado Eduardo Morais da Rocha.
Quando assumiu o Gabinete 01, em abril de 2022, o acervo girava em torno de 43 mil processos. A otimização do trabalho foi tanta, que, hoje, não há passivo. Há apenas os processos mensais, cerca de 600, que entram para análise no sistema e, imediatamente, são enviados para julgamento.
“Estabelecemos um modelo de gestão que otimiza os resultados. Usamos um sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ainda não deixamos acumular julgamentos de uma sessão para outra. Assim, o nosso gabinete tem um modelo de gestão que também gera economia, pois não demanda convocação de juiz, nem hora extra”, ressaltou o desembargador ao Metrópoles.
Em dois anos de atuação, a equipe do Gabinete 01 liberou para julgamento do colegiado um acervo de ações que aguardavam há anos por desfecho. Eram processos muitas vezes essenciais para vida do solicitante, como uma aposentadoria ou um BPC.
“Não se trata apenas de colocar etiqueta no processo. É preciso separar um por um, catalogar por assunto, vincular à tabela de matérias do CNJ e a um servidor. Depois, acompanhar e cobrar metas de cada servidor”, diz Eduardo Morais da Rocha.
Em julho de 2022, o gabinete assumido pelo desembargador tinha 42.962 processos em tramitação e 40.109 processos conclusos. Era o maior acervo de todo o TRF-1 e de todos os tribunais do Brasil.
Devido à instalação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), em 19 de agosto de 2022, parte do acervo dos processos foi redistribuído. As ações de Minas Gerais passaram para o TRF-6. Isso reduziu o acervo para 28.053 processos tramitando e 24.142 conclusos.
Ao final do mês de maio de 2023, o gabinete do de Eduardo Morais da Rocha contava com 12.314 processos tramitando e 8.969 processos conclusos. Naquele mesmo ano, o gabinete julgou 11.893 processos e baixou 12.349 processos.
Em 2024, o gabinete iniciou o ano com 7.744 processos tramitando e 5.012 processos conclusos. Atualmente, conta com 3.955 processos em tramitação e 618 processos conclusos. Entre os conclusos, todos incluídos em pautas de 2024 e 2025, não havendo mais estoque de processos a serem incluídos em pauta.
“O gabinete tem competência de matéria previdenciária e de servidor público, tanto civil quanto militar. As questões relacionadas a benefícios previdenciários representam uma grande dificuldade para os tribunais federais, reconhecida até mesmo pelo CNJ. Uma gestão eficiente com controle interno apurado dos processos diariamente, somada ao trabalho incessante dos servidores, é parte da fórmula que desenvolvi”, acrescentou Morais da Rocha.
Fonte: Ascom
OAB-PI discute regulamentação da advocacia dativa com Procurador-Geral do Estado
Em celebração aos 93 anos, OAB Piauí homenageia Membros Honorários Vitalícios e acolhe 100 novos advogados e advogadas.
Com entrevista ao programa Roda Viva da TV Cultura, Rafael comentou desde política local, nacional e estratégias para o desenvolvimento