A temática da violência doméstica voltou a ser destaque no estado do Piauí com a realização, pelo Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), do II FOPIVID (Fórum Estadual de Juízes e Juízas de Violência Doméstica do Estado do Piauí).
A juíza Keylla Ranyere, Coordenadora da Coordenadoria da Mulher do TJ-PI, avaliou o evento como um sucesso, ressaltando que foi uma oportunidade para magistrados e magistradas debaterem os temas mais atuais vivenciados na dia-a-dia de quem atua na área de violência doméstica.
“Logo pela manhã tivemos a palestra da Dra. Domitila Mansur e Dra. Bárbara Johas, que falaram sobre o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero e a relação com a rede de atendimento às mulheres vítimas. Já à tarde foi uma super troca de experiências com boas práticas apresentadas pelos colegas e servidores. Encerramos com o debate a aprovação de enunciados, propostas de enunciados para o FONAVID e eleição da próxima diretoria do FOPIVID”, afirmou Keylla Ranyere.
O II FOPIVID mostrou quão é importante a aproximação entre magistrados, magistradas, servidores e servidoras que atuam na temática, pois a violência doméstica é um tema muito sensível para nossa sociedade.
“Quanto mais próximos tivermos, poderemos pensar juntos em soluções viáveis que podem trazer reflexos para todo o Estado”, assinalou a coordenadora.
Para Rita de Cássia, presidente do II FOPIVID, o evento destacou o relevante papel da Rede de Apoio, ao lado do Poder Judiciário, na concretização das medidas de proteção das mulheres, vítimas da estrutural violência doméstica e familiar.
“Neste sentido, criou espaço para trocas de experiências entres juízas, juízes, servidoras, servidores e profissionais da Rede de Apoio. Na oportunidade, foram aprovados novos enunciados do FOPIVID, bem como propostas de revogação e alteração de enunciados do FONAVID. A palavra que resume o nosso evento é ‘crescimento’, uma vez que, indubitavelmente, aprendemos muito no dia 19.11.2021 e aguardamos ansiosos pelo III FOPIVID, que já tem Diretoria Executiva eleita”, assinala a magistrada.
Para a juíza Patrícia Luz, na oportunidade eleita como nova presidente do FOPIVID, o evento que já vem ocorrendo ano a ano, possibilita ampliar a visão sobre atuação com perspectiva de gênero; ainda, permite troca de conhecimentos e de experiências dos participantes, e promover atuações com olhar mais atento às causas e ao combate à violência doméstica e familiar, em especial, à vítima mulher, ainda calcada por motivação de gênero feminino bem como reforçar o engajamento e necessárias parcerias de atuação com o Poder Executivo de cada localidade, através das redes de apoio, como CRAS, CREAS, CAPS, em atuação multidisciplinar.
“O evento permite essa troca de diálogo e torna toda a rede de apoio mais forte. É também um oportunidade para avaliarmos as ações já desenvolvidas e em que podemos melhorar e avançar. Sou grata pela confiança dos colegas nesta etapa e por estar ladeada da Dra. Cássia Lage e Dr. Rodolfo Lavor, nossos colegas escolhidos para essa nova missão. Fico muito honrada e memoro as primeiras atuações que lembro quando da chegada à Instituição TJPI (2017) entre os quais, dos colegas Dr. Sérgio Fortes, Dra. Keylla Ranieri, Dr. Georges Cobiniano – nosso primeiro presidente regional em meados de 2019 e agora nacional- ainda, nossa ora presidente Dra. Rita de Cássia e Dra. Carmelita Lacerda, em especial, pela organização deste último evento, digno de elogios. Nosso desejo é que esse trabalho possa seguir e ser exitoso; sem dúvidas, para que um dia, nossos índices (ainda alarmantes) de necessidade de medidas protetivas, possa se reduzir, onde os efeitos pedagógicos, educação e respeito efetivos à figura da mulher passem a ocorrer realmente, sem que o seja por dependência de existência de medida protetiva, e sim próprio e inerente à nossa própria condição e senso coletivo. Por fim, agradecer a todos os juízes e juízas que tanto têm se dedicado a esta temática, onde reforçamos empenho em nossas ações e projetos a serem apresentados na nova condução”, destacou Patrícia Luz, presidente do III FOPIVID.
Fonte: TJ/PI
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