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Fux ao abrir STF: democracia não pode se basear no “nós contra eles”

O presidente da Suprema Corte abriu o Ano Judiciário com discurso de que a pauta do STF seguirá a estabilidade democrática

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu o Ano Judiciário, nesta terça-feira (1°/2), sem a participação do presidente Jair Bolsonaro (PL) e com forte discurso do presidente da Corte, Luiz Fux, sobre democracia. Fux ressaltou que 2022 será um ano com muitos desafios, eleições gerais e que todos os brasileiros devem buscar o bem da nação.

Foto: Nelson Jr / STFPresidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luis Fux.
Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luis Fux.

“A democracia não comporta disputas baseadas no nós contra eles. Todos os brasileiros devem buscar o bem da nação. Entre lutas e barricadas, vivemos um Brasil democrático”, assinalou Fux.

O presidente do STF ainda falou sobre a falta do titular do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro (PL), à solenidade on-line. Em consonância com os demais ministros da Corte, Fux decidiu que a abertura seria realizada inteiramente por videoconferência.

O presidente da República chegou a confirmar presença. Entretanto, cancelou a participação nessa segunda-feira (31/1), um dia antes da abertura.

Fux afirmou, ao abrir a sessão, que o presidente não participou da abertura por estar em viagem oficial. Pontuou ainda que Bolsonaro mandou comunicado para Corte com a justificativa. No lugar do mandatário do país, participou o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB).

Crise

A sessão começou às 10h30 em meio a uma crise desencadeada na última semana, após o ministro Alexandre de Moraes determinar que Jair Bolsonaro prestasse (PL) depoimento à Polícia Federal e o chefe do Executivo federal não cumprir a ordem.

Bolsonaro faltou ao depoimento marcado por Moraes, na Polícia Federal, no inquérito que investiga o suposto vazamento de informações sigilosas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante uma transmissão ao vivo feita pelo presidente nas redes sociais .

A desobediência gerou uma série de polêmicas. O ministro negou pedido da Advocacia-Geral da União para que o plenário do Supremo analisasse o tema. Em carta à PF, Bolsonaro disse que exerceu o “direito de ausência” ao não comparecer à sede da Superintendência do órgão. Moraes manteve a obrigação do depoimento presencial, mas ainda não marcou nova data para a oitiva.

CLIQUE AQUI E LEIA NA ÍNTEGRA O DISCURSO DO PRESIDENTE DO STF

Em meio à polêmica, Bolsonaro não foi a cerimônia do STF, mesmo esta sendo virtual. Alegou em cima da hora que faria viagem. Bolsonaro fará um sobrevoo nas áreas afetadas pelas chuvas nos municípios de São Paulo.

É de praxe que o presidente da República participe. Bolsonaro foi convidado, e confirmou a presença no evento virtual. No entanto, nessa segunda-feira (31/1), o mandatário do país decidiu cancelar sua participação.

Fux lembrou que o Judiciário não deve adotar conduta negativa. “O percurso é árduo e sinuoso, mas não nos permite adotar postura pessimista. O ano de 2022 nos proclama pela luta do regime democrático”, disse em seu discurso.

Fonte: Metrópoles

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Encerrada em 31/05/2020 11:41

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