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Cristo continua sendo julgado.
Não mais diante de Pilatos, mas nas avenidas congestionadas pela pressa, nas manchetes que alimentam o medo, nas moradas que vendem silêncio, nos algoritmos que escolhem quem deve ser visto… e quem deve morrer esquecido.
O Filho do Homem volta a ser réu todos os dias.
Acusado de ser incômodo, de não se encaixar na lógica fria do lucro, de abraçar leprosos modernos, de falar demais de perdão em tempos de vingança.
Hoje Ele é julgado nas praças onde dormem os sem-teto, nos becos onde a fome tem nome, nas favelas onde o tiro não erra o peito pobre.
Cristo sangra em cada criança esquecida, em cada mulher calada pela dor, em cada homem que carrega a dignidade nos ombros curvados de cansaço.
A desigualdade O crucifica, diariamente. A violência, pelas mãos do sistema, O apedreja. A ganância coloca espinhos em Sua fronte. A ambição pelo poder prega Suas mãos nas estruturas da injustiça.
A fome é o novo Gólgota. E a cruz se ergue nas periferias. O ouro dos templos não brilha mais como os olhos de uma mãe que perdeu o filho pro tráfico, nem como os gritos que não saem das gargantas sufocadas pela opressão.
Hoje, Ele está sendo julgado por amar demais os pobres, por não caber nos discursos higienizados, por denunciar os fariseus engravatados, por se assentar à mesa dos pecadores — enquanto os “puros” o condenam pelas aparências.
Ele é réu por não se curvar aos impérios, por desmascarar os juízes corruptos, por romper com a lógica dos que lucram com a guerra, por insistir que o Reino de Deus não tem cercas nem muros.
Cristo é réu porque ainda acredita na humanidade, porque ainda desafia o egoísmo com a partilha, porque ainda morre de amor — enquanto nós morremos de medo, de ódio, de solidão.
E a sentença se repete: Cruz. Para que os poderosos durmam tranquilos. Para que os templos continuem lotados — mas vazios de compaixão.
Ele olha o mundo em ruínas, os homens curvados por suas vicissitudes, as crianças sob bombas, os pobres sob escombros, os corações sob o peso de não serem amados.
E ainda assim, do alto da cruz invisível que atravessa os séculos, Ele diz:
“Perdoa-lhes… eles ainda não sabem o que fazem.”
O julgamento de Cristo não acabou. Ele se repete no presente — em cada escolha nossa.
E a pergunta que não cala, ecoa entre sangue e silêncio:
Hoje, de que lado estamos?
Dylvan Castro
Mestre em Direito/Consultor Jurídico
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