Violência doméstica contra a mulher assusta em Teresina

Os dados são cada mais vez mais alarmantes quando o assunto é violência contra a  mulher em nossa capital. O juiz titular  do Juizado de  Violência Domestica e Familiar  Contra  a Mulher  da  Comarca de Teresina,   Dr. José Olindo Gil Barbosa  disse ao Pauta Judicial que o Juizado  possui cerca de 10.000 processos. “Essa demanda é crescente diuturnamente, aqui nesse juizado”, ressaltou o Dr. José Olindo.

Segundo informou o magistrado esses números correspondem  a 25% das ações criminais que tramitam na justiça do Piauí. “O pior é que esse volume de processos aumenta assustadoramente, todos os dias em Teresina”, alertou Olindo.

O magistrado  disse  ao Pauta Judicial que a violência contra a mulher está em todos os níveis da sociedade.  Para o titular do juizado que lida diretamente com esse tipo de crime, o volume de processos cresceu tanto nos últimos meses, que o tribunal decidiu colocar uma juíza substituta  Dra. Ana Lúcia Madeiros Terta para auxiliar no julgamento das ações da violência doméstica e familiar contra a mulher. “Antes, esses crimes eram cometidos pelas  classes menos favorecidas. Agora não,  os atos de violência contra a mulher está sendo praticado por todas  as classes sociais ”,  lamentou José Olindo.

Foto: Reprodução
Dr. José Olindo Gil Barbosa juiz titular do Juizado de  Violência Domestica e Familiar  Contra  a Mulher  da  Comarca de Teresina,

O Dr. José Olindo também se mostrou preocupado com a falta de segurança para os magistrados piauienses. “Nós aqui trabalhamos desprotegidos. Se alguém tiver a intenção de  praticar um ato de violência contra mim por exemplo, fará, pois eu não tenho nenhum tipo de proteção, nem no meu local de trabalho e nem em minha residência”, alertou.

José Olindo aproveitou para destacar como positiva a ação do tribunal de justiça do Piauí,  no que tange a colocar à disposição de réus que praticaram crimes contra a mulher,  tratamento psicológico através da equipe interdisciplinar, ao invés da prisão. “Às vezes o réu da precisando mais de tratamento psicológico, do que de uma prisão”, parabenizou o Dr. José Olindo Gil Barbosa.

FONTE: Redação

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