Se valendo do que está escrito na carta de Paulo, que diz quem trabalha mais merece receber mais, o presidente do tribunal de justiça do Piauí, desembargador Erivan Lopes disse que o orçamento do estado não deve ser divido entre os poderes de forma linear. “Não é justo um poder trabalhar mais e receber menos”, comparou o presidente Erivan.
ASSISTA NA ÍNTEGRA A ENTREVISTA DO PRESIDENTE ERIVAN LOPES
Lopes disse com exclusividade ao Pauta Judicial que qualquer um pode medir a capacidade de realizações entre os poderes em 2017. “Nós aqui fizemos mais e isso significa dizer, que aumentamos nossa responsabilidade com as despesas para o próximo ano, por essa razão, estamos criticando a elaboração do orçamento de 2018 feita pelo governo do estado”. “Correndo o risco de não nomear mais juízes e servidores do poder judiciários”, criticou Erivan Lopes.
“Qual foi o outro poder que realizou concursos para servidores como nós fizemos aqui?”O TJ-PI trabalha com um reajuste de 10% em relação ao que foi destinado em 2017. O Governo do Estado inicialmente apresentou 1%, mas já admite elevar este percentual em 3,5%. O presidente do Tribunal afirma que ainda é pouco e quer, no mínimo, 8%.
Durante a entrevista ao Pauta Judicial o presidente Erivan Lopes explicou que o recurso do orçamento é usado para pagar a folha de pagamento e despesas de custeio. Os gastos com construção e reformas de fórum não passam pela verba destinada pelo poder Executivo. Com isso, a construção da nova sede do Tribunal não seria afetada. "O que nós queremos que o Executivo garanta é a folha de pagamento e o custeio básico", disse o presidente do TJ-PI.
Para o magistrado, se o governo decidir dá apenas um aumento de 3,5%, o tribunal praticamente ficará inviabilizado no ponto de vista de adotar políticas que incrementam o crescimento da justiça em todo o estado. "O governador foi sensível em alguns pontos, mas a dificuldade maior que ele tem me apresentado é que há no Estado do Piauí, aquilo que eu considero um equívoco, que é dar um aumento linear, padrão para todos os poderes, quando o orçamento, que é uma lei anual, deve atender a demanda de cada poder, a sua necessidade para cada exercício financeiro", declarou.
FONTE: Redação